quarta-feira, 7 de março de 2007

O Número de Emergência 112

Em qualquer caso de emergência, de Norte a Sul do País, o número 112 pode ser ligado através dos telefones das redes fixa e móvel. A chamada é gratuita e é atendida de imediato pelos centros de emergência que accionam os sistemas médico, policial e de incêndio, consoante a situação verificada.

Cabe ao Ministério de Administração Interna, através do SNBPC, a reformulação e gestão das centrais de emergência. As exploração destas centrais é da competência das forças de segurança, as quais dão o tratamento e seguimento adequados às chamadas de emergência. Actualmente, a grande maioria das centrais de emergência é explorada pela PSP, havendo somente 5 sob exploração da GNR.

Como utilizar:

O Número de Emergência 112 deve ser utilizado nos seguintes casos:

  • Acidente de viação: todos os casos relacionados com veículos, quer se refiram a peões atropelados, quer a indivíduos transportados nas viaturas sinistradas.
  • Acidentes no trabalho: os variados casos de sinistro individual ou colectivo ocorridos nos locais de trabalho (fábricas, oficinas, obras, escritórios, armazéns, etc.).
  • Acidentes no desporto: os sinistrados resultantes da prática das diversas actividades desportivas, tanto de competição como de recreio.
  • Quedas: quando as suas consequências exijam transporte em ambulância.
  • Doença súbita: os casos dos indivíduos acometidos de doença que aparente exigir intervenção hospitalar (dor no peito, falta de ar, perda de conhecimento e outras situações de perigo de vida).
  • Agressão: os casos de indivíduos feridos por agressão que exijam tratamento hospitalar.
  • Intoxicações: os casos de envenenamento, acidental ou não, fugas de gás, etc.
  • Afogamento: todos os casos em que o acidente resultou de submersão.
  • Alcoolismo: todos os casos em que, por virtude de intoxicação alcoólica aguda, esteja em perigo a vida do indivíduo.
  • Partos súbitos: os casos de parto iminente.

As Centrais de Emergência activam os meios de socorro adequados de acordo com a sua informação.

Antes de ligar 112, informe-se sobre os pormenores que a Central tem necessidade de conhecer:

  • ONDE (local exacto da ocorrência): rua, n.º da porta, estrada (sentido ascendente ou descendente), pontos de referência.
  • O QUÊ (tipo de ocorrência: acidente, parto, doença súbita, intoxicação, etc.).
  • QUEM (Vítima/doente, número de vítimas, queixas).

A eficácia do socorro depende da sua colaboração.

Em caso de acidente, tente saber e comunique:

  • Tipo de acidente (atropelamento, acidente de viação – moto, ligeiro, pesado – queda, etc.).
  • Quem? (número de vítimas, estado das vítimas – consciente, inconsciente, hemorragias, etc.).
  • Complicações (queda num rio, encarcerado num carro, etc.).
  • Riscos associados (incêndio, derramamento de substâncias perigosas, etc.).

Em caso de parto, tente saber e comunique:

  • Tempo de gravidez.
  • Se está ou não com contracções (de quantos em quantos minutos).
  • Se teve algum problema durante a gravidez.
  • Quantos filhos teve?

Em caso de doença súbita, tente saber e comunique:

  • Queixa principal.
  • Há quanto tempo se iniciou.
  • É a primeira vez?
  • Doenças conhecidas.

A sua colaboração é fundamental sempre que se encontre em risco a vida humana. Preste atenção às perguntas efectuadas, responda com calma e siga as instruções indicadas.

Para mais informações, aceda ao site do INEM – 112:
http://www.inem.min-saude.pt/inem_pub/index.htm

O Centro de Informação AntiVenenos (CIAV) encontra-se no mesmo site do INEM.
Em caso de intoxicações, contacte 808 250 143.

"Fonte SNBPC"

Incêndios Florestais - O Que São?

Os incêndios florestais são das catástrofes naturais mais graves em Portugal, não só pela elevada frequência com que ocorrem e extensão que alcançam, como pelos efeitos destrutivos que causam. Para além dos prejuízos económicos e ambientais, podem constituir uma fonte de perigo para as populações e bens.

Os incêndios florestais são considerados catástrofes naturais, mais pelo facto de se desenvolverem na Natureza e por a sua possibilidade de ocorrência e características de propagação dependerem fortemente de factores naturais, do que por serem causados por fenómenos naturais. A intervenção humana pode desempenhar um papel decisivo na sua origem e na limitação do seu desenvolvimento. A importância da acção humana nestes fenómenos destingue os incêndios florestais das restantes catástrofes naturais.

A propagação de um incêndio depende das condições meteorológicas (direcção e intensidade do vento, humidade relativa do ar, temperatura), do grau de secura e do tipo do coberto vegetal, orografia do terreno, acessibilidades ao local do incêndio, prazos de intervenção (tempo entre o alerta e a primeira intervenção no ataque ao fogo), etc...

Um incêndio pode propagar-se pela superfície do terreno, pelas copas das árvores e através da manta morta. Os incêndios de grandes proporções são normalmente avistados a vários quilómetros, devido aos seus fumos negros e densos.

Que Fazer?

ANTES

  • aprenda e ensine as práticas de segurança contra incêndios;
  • tenha sempre um meio para extinguir de imediato e completamente o início dum incêndio (exemplo: extintor);
  • utilize materiais resistentes ao fogo na construção ou renovação das suas habitações;
  • plante árvores que possam contribuir para a contenção mais fácil da linha de um incêndio,
  • crie uma zona de segurança, nunca inferior a 50 metros, entre a sua habitação e os materiais combustíveis;
  • sempre que possível, deverá ser criada uma faixa pavimentada de 1 a 2 m de largura, circundando todo o edifício;
  • armazene materiais combustíveis em zonas seguras e fora da sua habitação;
  • tenha em atenção a localização das linhas eléctricas em relação às copas das árvores;
  • não se esqueça que as copas das árvores e dos arbustos deverão estar distanciadas no mínimo 5 m da edificação e nunca se poderão projectar sobre o seu telhado;
  • elabore planos de evacuação da sua casa pedindo a colaboração dos vizinhos;
  • planeie a utilização de estradas alternativas para fugir das zonas de perigo;
  • tenha o seguinte equipamento de reserva:
    • lanterna eléctricas com pilhas de reserva;
    • caixa de primeiros socorros;
    • comida e bebidas em embalagens de conserva;
    • sapatos fortes e isolantes do calor (exemplo: couro);
    • um rádio de pilhas.
  • para a eventualidade de a sua família poder ficar separada durante um incêndio (quando os adultos estão a trabalhar e as crianças na escola) elabore um plano para a reunir. Utilize um ponto de contacto entre os seus familiares e amigos. Tenha a certeza que todos sabem o seu nome, morada e telefone;
  • não faça fogo no interior das florestas;
  • não lance foguetes ou fogo de artifício nos espaços rurais;
  • nunca deixe que um pequeno foco de incêndio cresça e se transforme num incêndio. Não se esqueça que no 1º minuto qualquer fogo nascente se apaga com um copo de água mas cinco minutos depois uma tonelada de água poderá não chegar;
  • Nunca deixe crianças sozinhas em casa fechadas à chave;
  • Não deixe as crianças brincarem com fósforos ou isqueiros.

DURANTE

  • Se for surpreendido pelo início dum incêndio florestal contacte de imediato os Bombeiros, Forças de Segurança (GNR ou PSP) utilizando para o efeito o número 112 ou o 117;
  • ligue o seu rádio de pilhas para obter informação actualizada sobre a situação de emergência;
  • tome em atenção a protecção da sua habitação, no caso do incêndio se desenvolver nas proximidades;
  • retire os cortinados inflamáveis e feche todas as persianas, ou coberturas, de janelas não combustíveis, para tentar evitar a propagação do incêndio para o interior da casa;
  • feche todas as janelas e portas para evitar fenómenos de sucção;
  • feche todas as válvulas do gás e regue os depósitos com água;
  • acenda uma luz em todas as divisões para ter visibilidade em caso de presença de fumos;
  • ponha os objectos que não sejam danificados pela água no interior de piscinas ou de tanques;
  • remova materiais combustíveis do interior e das imediações da sua casa;
  • molhe abundantemente as paredes e toda a zona circundante da casa;
  • esteja preparado para evacuar todos os membros da sua família e os seus animais, caso o incêndio se aproxime da sua habitação, ou por ordem das autoridades;
  • as piscinas ou tanques são zonas potencialmente mais seguras.

Se ficar preso por um incêndio:

  • Procure não entrar em pânico.
  • Identifique uma zona com água na qual poderá defender-se de altas temperaturas;
  • Cubra a sua cabeça e a parte superior do seu corpo com roupas molhadas;
  • Respire o ar junto ao chão através duma roupa molhada a fim de evitar a inalação de fumos.
  • Se não existe água nas proximidades, procure um abrigo numa área aberta ou num afloramento de rochas. Mantenha-se deitado e SE POSSÍVEL cubra-se com a terra do próprio solo.

DEPOIS

  • Tome cuidado quando regressar a uma área recentemente ardida, podem haver reacendimentos. Verifique se existem zonas em combustão na sua casa ou à sua volta e extinga-os, caso existam.
  • Se a sua casa for evacuada, regresse só quando os bombeiros o aconselharem.
  • Assegure-se que a sua casa não está em risco de ruir. Tenha cuidado com os fios eléctricos expostos e outros perigos.
  • Impeça as crianças de brincarem no local do incêndio a seguir à sua extinção. Lembre-se que há o perigo de reacendimento.
  • Se as autoridades competentes solicitarem a sua ajuda nas operações de rescaldo e vigilância, COLABORE!

CUIDADOS A TER COM A FLORESTA

PREVENÇÃO - Chave de Riqueza e de Vida

O seu contributo para proteger a floresta do fogo baseia-se na adopção de algumas Acções Preventivas, medidas de simples bom senso, sempre que haja risco de incêndio e sobretudo durante os períodos mais quentes e secos.

Deve-se respeitar a legislação vigente, nomeadamente o DECRETO-LEI Nº 124/2006, de 28JUN, que estabelece as medidas e acções a desenvolver no âmbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios (DR Nº 123, I-A, 28JUN2006) e ter especial cuidado com:

Queimadas

É proibida a realização de queimadas durante o «período crítico», a definir em Portaria especifica.

A realização de queimadas só é permitida após licenciamento na respectiva Câmara Municipal, ou pela Junta de Freguesia se a esta for concedida delegação de competências, na presença de técnico credenciado em fogo controlado ou, na sua ausência, de equipa de bombeiros ou de equipa de sapadores florestais.

As queimadas constituem um perigo para a floresta durante o Verão, mas não só. Nos Invernos secos e com temperaturas mais elevadas do que o normal para a época, uma queimada mal conduzida poderá ocasionar incêndios florestais de área considerável.

Lançamento de foguetes

Durante o período crítico, nos espaços rurais, a utilização de fogo de artifício está sujeita a autorização prévia da respectiva Câmara Municipal.

Utilização de fósforos e cigarros

Durante o período critico é proibido fazer fogo de qualquer espécie, incluindo fumar, nos espaços florestais, nas vias que os delimitam ou os atravessam.
Fora do período critico e desde que o índice de risco temporal de incêndio seja de nível muito elevado e máximo, mantém-se as restrições já referidas.

Fogueiras

É proibido, nos espaços rurais, durante o período critico, fazer fogo de qualquer espécie, incluindo a realização de fogueiras para lazer ou recreio e para a confecção de alimentos, bem como a utilização de equipamentos de queima e combustão destinados à iluminação e ou confecção de alimentos.

Existem indicações sobre o modo, ocasião e local correctos para realização de fogueiras.

Piqueniques

É proibida a realização de piqueniques com uso do fogo para confecção ou aquecimento de alimentos. Deverão ser utilizados os espaços próprios para o efeito, construídos pelas autarquias ou outras instituições, locais estes onde deverão ser disciplinados todos as actos relacionados com o uso do fogo e rejeição de dejectos, onde deverá ser dada ênfase especial à limpeza dos combustíveis vegetais por forma a quebrar a continuidade horizontal com os povoamentos contíguos.

Apicultura

A actividade apícola, vulgarmente exercida no interior ou nos limites de povoamentos florestais, está vulgarmente associada à utilização do fogo. Este meio é utilizado não só para acender os fumigadores como também para realizar limpezas de matos adjacentes ao apiário.

Durante o período crítico, as acções de fumigação ou desinfestação em apiários não são permitidas, excepto se os fumigadores estiverem equipados com dispositivos de retenção de faúlhas.

Linhas eléctricas

As linhas eléctricas que atravessam espaços florestais deverão providenciar a gestão do combustível numa faixa que abranja a área da projecção vertical das linhas e mais uma faixa adjacente de cada lado, de largura não inferior a 10 metros.

Vias férreas

Os incêndios florestais relacionados com a passagem de comboios podem ter várias causas: projecção de faíscas devido à frenagem, projecção de materiais incandescentes pelos passageiros dos comboios (fósforos, beatas) e faúlhas provenientes dos tubos de escape das máquinas que funcionam com motores de combustão.

À semelhança do caso anterior, as entidades responsáveis pelas vias ferroviárias deverão salvaguardar uma faixa de 10 metros, contada a partir da aresta exterior dos carris externos das vias.

Máquinas ou equipamentos de motor de combustão

De acordo com a legislação, é obrigatório que as máquinas de combustão interna ou externa, utilizadas em áreas florestais, estejam equipadas com dispositivos de retenção de faíscas ou faúlhas e dispositivos tapa chamas nos tubos de escape.

É necessário ter muito cuidado e estar constantemente vigilante quando se utilizam máquinas agrícolas, máquinas florestais, veículos todo o terreno, locomotivas, etc. em zonas florestais.

É obrigatório que as máquinas que desenvolvem actividades nos espaços rurais estejam equipadas com um ou dois extintores de 6 kg de acordo com a sua massa máxima.

Medidas de segurança com vista a diminuir o potencial perigo de incêndio florestal pela utilização destas máquinas:

utilização de dispositivos de segurança para evitar o risco de incêndio por projecção de faúlhas ou faíscas e por sobre-aquecimento de alguns componentes da máquina;

boa acessibilidade a extintores nos locais de trabalho florestal ou agrícola;

evitar o contacto entre combustíveis florestais finos e mortos e as componentes sobre aquecidas da maquinaria;

o abastecimento de combustível deverá ser feito a frio, em lugares isentos de focos de ignição.

Chaminés

As chaminés de residências ou de fábricas poderão ser responsáveis pela emissão de material incandescente, que poderá provocar focos de ignição caso encontrem na sua trajectória combustíveis vegetais finos e muito secos.

Para evitar tais acontecimentos sugere-se a instalação de dispositivos de retenção de faúlhas, como uma simples rede de malha adequada.

Realização de queimadas/fogueiras

O momento ideal para a realização de queimadas nem sempre é de fácil decisão.

Alguns meses primaveris e invernais poderão também apresentar alturas pouco favoráveis à realização de queimadas.

Ao realizar uma queimada deverão ser observadas as seguintes precauções:

Humidade do ar - quanto maior a humidade do material vegetal, menor a facilidade que este tem de entrar em combustão. A realização de queimadas em dias húmidos dificulta uma eventual propagação da queimada para combustíveis contíguos ou próximos. As queimadas deverão ser realizadas em dias com humidade do ar elevada.

Temperatura do ar - temperaturas elevadas tornam os combustíveis mais secos e susceptíveis de entrarem em combustão. Nesses dias, uma eventual “escapadela” da queimada poderá originar um incêndio de consequências desastrosas. Evitar realizar queimadas em dias quentes.

Vento - é o responsável pela oxigenação da combustão e arrastamento de faúlhas que poderão provocar focos de incêndio a distâncias consideráveis e pela inclinação das chamas sobre outros combustíveis que não interessem queimar. Evitar realizar a queimada num dia de vento, sobretudo se este for de direcção variável. O vento não deverá soprar no sentido de zonas de grande acumulação de combustíveis florestais.

Combustíveis - como combustíveis mais comuns na realização de queimadas podem-se citar todos aqueles materiais vegetais resíduos de actividades agrícolas ou florestais, tais como, erva, ramos de árvores, rama da batata, etc.. O combustível, conjuntamente com o calor e o oxigénio, é uma das componentes essenciais para que a queimada se realize. Deverá ser evitado qualquer contacto entre a fogueira e os combustíveis que não se desejem destruir. Para tal, ao redor da fogueira, deverá ser limpa uma faixa de pelo menos 2 metros de largura e com uma profundidade suficiente para que se atinja a camada mineral, ou seja, um nível em que o solo não apresente material combustível. Esta limpeza evitará que o fogo escape de controle por contacto com os combustíveis adjacentes.

Declive - evitar a realização de queimadas em locais onde o declive seja acentuado. Material incandescente pode libertar-se da fogueira e rolar encosta abaixo provocando focos de incêndio.

Alimentação gradual - a fogueira onde se pretende destruir o material vegetal agrícola deverá ser alimentada gradualmente para evitar a produção de muito calor e uma elevada emissão de faúlhas. O material a queimar deverá ser adicionado gradualmente, em pequenas quantidades, diminuindo assim a probabilidade de descontrolo da queima.

Vigilância - uma vigilância permanente e cuidada é essencial para a realização adequada de uma queimada. O responsável pela queimada deverá ter em atenção as formas mais prováveis de evasão do fogo dos limites da fogueira. Esta poderá ser por emissão de faúlhas (via aérea), por aquecimento de combustíveis adjacentes ao lume ou por condução de calor em terrenos com muita matéria combustível enterrada. A vigilância deverá ser sempre prolongada várias horas para além da extinção total da fogueira.

Água - para precaver qualquer emergência durante a realização da queimada é necessário que água esteja sempre acessível, seja através de recipientes, ou através de mangueiras ligadas à rede publica, a poços ou nascentes. A água servirá também para tornar mais eficiente o rescaldo final.

Utensílios - utensílios de uso agrícola tais como ancinhos, pás e enxadas poderão ser utilizados para criar o espaço adequado para realizar a queima, para mais facilmente controlar a fogueira e para auxiliar na extinção final da combustão.

Rescaldo - um grande número de queimadas originam incêndios muito tempo após terem sido presumivelmente apagadas. Um rescaldo adequado é tão importante como uma boa condução do lume. Além da extinção das chamas vivas da queimada, o rescaldo também deve contemplar a supressão de qualquer combustão lenta que se desenvolva em níveis interiores, não directamente observáveis, nomeadamente no interior das cinzas e na camada orgânica do solo. Os utensílios devem ser utilizados para remexer a zona da queimada, apagando qualquer réstia de materiais em combustão. A cinza quente não deve ser espalhada sobre material fino e seco. Deve ser utilizada água para uma extinção final mais eficiente.

Informação - quaisquer esclarecimentos ou dúvidas relativos à execução da queimada podem ser devidamente clarificados junto da Câmara Municipal da área de residência ou junto das dependências regionais da Direcção Geral dos Recursos Florestais.

Pode ainda consultar AQUI, as causas e AQUI como Evitar os Incêndios Florestais.

"Fonte SNBPC"



O que é um Sismo?

Um sismo é um fenómeno natural resultante de uma rotura mais ou menos violenta no interior da crosta terrestre, correspondendo à libertação de uma grande quantidade de energia, e que provoca vibrações que se transmitem a uma vasta área circundante.

Na maior parte dos casos os sismos são devidos a movimentos ao longo de falhas geológicas existentes entre as diferentes placas tectónicas que constituem a região superficial terrestre, as quais se movimentam entre si.

Ao longo dos tempos geológicos, a terra tem estado sujeita a tensões responsáveis pela construção de cadeias montanhosas e pela deriva dos continentes. Sob a acção dessas tensões as rochas deformam-se gradualmente e sofrem roturas. A rotura do material rochoso ocorre após terem sido ultrapassados os seus limites de resistência, provocando vibrações ou ondas sísmicas, que se propagam no interior da terra. São estas vibrações que se sentem quando ocorre um sismo.

Os sismos também podem ser originados em movimentos de falhas existentes no interior das placas tectónicas.

A actividade vulcânica e os movimentos de material fundido em profundidade podem ser outras das causas dos sismos

Mais raramente podem ser provocados por deslocamentos superficiais de terreno, tais como abatimentos e escorregamentos.

A zona no interior da terra na qual se dá a libertação de energia designa-se por foco ou hipocentro.


O ponto à superfície da terra situado na vertical do foco é o epicentro e corresponde à zona onde o sismo é sentido com maior intensidade.

Os movimentos dos terrenos à volta do epicentro, são provocados pelas ondas sísmicas quando estas alcançam a superfície terrestre. Estes dependem da profundidade do foco, das características (geológicas, topográficas, etc.) e da magnitude do sismo.

Quando a actividade sísmica é gerada no oceano, pode ser acompanhada por tsunamis, provocando grandes destruições em estruturas costeiras ou ribeirinhas (embarcações, casas, pontes, etc.). Em Portugal Continental, a ocorrência de tsunamis, resultantes da actividade sísmica tem sido fundamentalmente registada no Algarve, na Península de Setúbal e em Lisboa.

QUANTO TEMPO DURA UM SISMO?

A duração de um sismo varia desde poucos segundos até dezenas de segundos, raramente ultrapassando um minuto. Após o sismo principal geralmente seguem-se reajustamentos do material rochoso que dão origem a sismos mais fracos denominados réplicas.

PODEMOS PREVER UM SISMO?

Emboras muitos cientistas estejam a fazer investigação nesse sentido, ainda não é possível prever os sismos. No entanto, é possível tentar minimizar os seus efeitos identificando zonas de maior risco, construindo estruturas mais sólidas, promovendo a educação da população, nomeadamente no que diz respeito às medidas de segurança a serem tomadas durante um sismo, e elaborando planos de emergência.




Medidas de Autoprotecção

O Serviço Nacional de Protecção Civil (SNPC) aconselha as medidas de autoprotecção para minimizar os efeitos dos sismos:

ANTES

  • Informe-se sobre as causas e efeitos possíveis de um sismo na sua zona. Fale sobre o assunto de uma forma tranquila e serena com os seus familiares e amigos.
  • Informe-se se a sua residência e local de trabalho se localizam numa zona sísmica de risco. Se viver junto ao litoral informe-se sobre a que altitude se situa relativamente ao nível do mar, pode ser importante em caso de ocorrência de tsunami.
  • Elabore um plano de emergência para a sua família. Certifique-se que todos os seus familiares sabem o que fazer no caso de ocorrer um sismo. Combine previamente um local de reunião no caso dos membros da família se separarem durante o sismo.
  • Prepare a sua casa por forma a facilitar os movimentos em caso se sismo, libertando os corredores e passagens, arrumando móveis e brinquedos, etc..
  • Tenha à mão uma lanterna eléctrica, um rádio portátil e pilhas de reserva para ambos, bem como um extintor (verifique o prazo de validade) e um estojo de primeiros socorros.
  • Localizar os locais mais seguros distribuindo os seus familiares por eles. Localizar os locais mais perigosos.
  • Fixe as estantes, as botijas de gás, os vasos e floreiras às paredes da sua casa.
  • Coloque os objectos pesados ou de grande volume no chão ou nas estantes mais baixas.
  • Ensine a todos os familiares como desligar e electricidade e cortar a água e gás.
  • Armazene água em recipientes de plástico fechados e alimentos enlatados para 2 ou 3 dias. Renove-os de tempos a tempos.
  • Tenha à mão medicamentos correntes mais necessários.
  • Mantenha a sua vacinação e de toda a sua família em dia, nomeadamente a vacina do tétano. Consulte o seu centro de saúde para obter mais informações.
  • Tenha à mão em local acessível números de telefone de serviços de emergência.
  • Tenha à mão agasalhos e sapatos resistentes.

Locais mais seguros

  • Vão de portas interiores, de preferência em paredes-mestras.
  • Cantos das salas.
  • De baixo de mesas, camas e outras superfícies estáveis.
  • Longe das janelas, espelhos e chaminés.
  • Fora do alcance de objectos, candeeiros e móveis que possam cair.

Locais mais perigosos

  • Saídas
  • Junto a janelas, espelhos e chaminés.
  • Junto a objectos, candeeiros e móveis que possam cair.
  • No meio das salas.
  • Elevadores

DURANTE

EVITE O PÂNICO. MANTENHA A SERENIDADE E ACALME AS OUTRAS PESSOAS

SE ESTÁ DENTRO DE CASA OU DENTRO DE UM EDIFÍCIO:

  • Se estiver num dos andares superiores de um edifício não se precipite para as escadas. Abrigue-se no vão de uma porta interior, nos cantos das salas ou debaixo de uma mesa ou cama. Nunca utilize elevadores.
  • Mantenha-se afastado de janelas, espelhos e chaminés.
    Tenha cuidado com a queda de candeeiros, móveis ou outros objectos.
  • Se estiver no rés-do-chão de um edifício e a sua rua for suficientemente larga (por exemplo mais larga que a altura dos edifícios), saia de casa calmamente e caminhe para um local aberto, sempre pelo meio da rua.
  • Vá contando alto e devagar até 50.

SE ESTÁ NA RUA:

  • Dirija-se para um local aberto, com calma e serenidade. Não corra nem ande a vaguear pelas ruas.
  • Enquanto durar o sismo não vá para casa.
  • Mantenha-se afastado dos edifícios, sobretudo dos velhos, altos ou isolados, dos postes de electricidade e outros objectos que lhe possam cair em cima.
  • Afaste-se de taludes e muros que possam desabar.
  • Vá contando alto e devagar até 50.

SE ESTÁ NUM LOCAL COM GRANDE CONCENTRAÇÃO DE PESSOAS:

(Escola, sala de espectáculos, edifício de escritórios, fábrica, loja, etc.)

  • Não se precipite para as saídas. As escadas e portas são pontos que facilmente se enchem de escombros e podem ficar obstruídos por pessoas tentando deixar o edifício.
  • Nas fábricas mantenha-se afastado das máquinas, que podem tombar ou deslizar.
  • Fique dentro do edifício até o sismo cessar. Saia depois com calma tendo em atenção as paredes, chaminés, fios eléctricos, candeeiros e outros objectos que possam cair.

SE ESTÁ A CONDUZIR:

  • Pare a viatura longe de edifícios, muros, taludes, postos e cabos de alta tensão e permaneça dentro dela.

DEPOIS

APÓS OS PRIMEIROS MINUTOS:

  • Mantenha a calma e conte com a ocorrência de possíveis réplicas.
  • Não se precipite para as escadas ou saídas. Nunca utilize elevadores.
  • Não fume, nem acenda fósforos ou isqueiros. Pode haver fugas de gás ou curto-circuitos. Utilize lanternas a pilhas.
  • Corte a água e o gás, e desligue a electricidade.
  • Calce sapatos e proteja a cabeça e a cara com um casaco, uma manta, um capacete ou um objecto resistente e prepare agasalhos se o tempo o aconselhar.
  • Verifique se há feridos e preste os primeiros socorros se souber. Se houver feridos graves, não os remova, a menos que corram perigo.
  • Verifique se há incêndios. Tente apagá-los. Se não conseguir alerte os bombeiros.
  • Ligue o rádio e cumpra as recomendações que forem difundidas.
  • Limpe urgentemente os produtos inflamáveis que tenham sido derramados (álcool, tintas, etc.).
  • Se puder, solte os animais domésticos. Eles trataram de si próprios.

SE ESTÁ JUNTO AO LITORAL:

  • Se vive junto ao litoral e sentir um sismo é possível que nos 20 a 30 minutos seguintes ocorra um tsunami.
  • Em caso de suspeita ou aviso de tsunami desloque-se de imediato para uma zona alta, pelo menos 30 metros acima do nível do mar, e afastada da costa.
  • Afaste-se das praias e das margens dos rios. Nunca vá para uma praia observar um tsunami aproximar-se. Se conseguir ver a onda significa que está demasiado perto para poder escapar.
  • Se estiver numa embarcação dirija-se para alto mar. Um tsunami só é destrutivo junto à costa onde a profundidade das águas é pequena. Uma zona onde a profundidade do mar é superior a 150 metros pode considerar-se segura.
  • À primeira onda podem suceder-se outras igualmente destrutivas. Mantenha-se num local seguro até que as autoridades indiquem que já não existe perigo.
  • Regresse a casa só quando as autoridades o aconselharem.

NAS HORAS SEGUINTES:

  • Mantenha a calma e cumpra as instruções que a rádio difundir. Esteja preparado para outros abalos (réplicas) que costumam suceder-se ao sismo principal.
  • Se encontrar feridos graves, chame as equipas de socorro para promover a sua evacuação.
  • Se houver pessoas soterradas, informe as equipas de salvamento. Entretanto, se sem perigo, for capaz de as começar a libertar, tente fazê-lo retirando os escombros um a um. Não se precipite, não agrave a situação dos feridos ou a sua própria.
  • Evite passar por onde haja fios eléctricos soltos e tocar em objectos metálicos em contacto com eles.
  • Não beba água de recipientes abertos sem antes a ter examinado e filtrado por coador, filtro ou simples pano lavado.
    Coma alguma coisa. Sentir-se-á melhor e mais capaz de ajudar os outros.
  • Acalme as crianças e os idosos. São os que mais sofrem com o medo.
  • Não utilize o telefone excepto em caso de extrema urgência (feridos graves, fugas de gás, incêndios, etc.).
  • Não propague boatos ou notícias não confirmadas.
  • Se a sua casa se encontrar muito danificada terá de a abandonar. Reuna os recipientes com água, alimentos e medicamentos vulgares e especiais (cardíacos, diabéticos, etc.).
  • Não reocupe edifícios com grandes estragos, nem se aproxime de estruturas danificadas.
  • Corresponda aos apelos que forem divulgados e, se possível, colabore com as equipas de socorro.
  • Não circule pelas ruas para observar o que aconteceu. Liberta-as para as viaturas de socorro.


O CIDADÃO É O PRIMEIRO AGENTE DE PROTECÇÃO CIVIL


O que é uma Cheia?

As cheias são fenómenos naturais extremos e temporários, provocados por precipitações moderadas e permanentes ou por precipitações repentinas e de elevada intensidade. Este excesso de precipitação faz aumentar o caudal dos cursos de água, originando o extravase do leito normal e a inundação das margens e áreas circunvizinhas. Nalgumas partes do globo as cheias podem dever-se também ao derretimento de calotes de gelo.

As cheias podem ainda ser causadas pela rotura de barragens, associadas ou não a fenómenos meteorológicos adversos. As cheias induzidas por estes acidentes são geralmente de propagação muito rápida.

Ribeira do Porto (Rio Douro), Dezembro 1989



Os prejuízos resultantes das cheias são frequentemente avultados, podendo conduzir a perda de vidas humanas e bens. O impacte no tecido sócio-económico da região afectada é geralmente significativo, podendo levar à destruição completa de explorações agrícolas e agro-pecuárias entre outras. A prevenção e mitigação do efeito das cheias é, por isso, de extrema importância.

Saída da Golegã para Lisboa (Rio Tejo), 1979 - Fotografia: Semanário Expresso



Quanto tempo dura uma Cheia?

O tempo necessário para que uma cheia ocorra e a sua duração dependem das características da bacia hidrográfica do rio em questão. Bacias de pequena dimensão apresentam, geralmente, condições para que uma cheia se forme e propague rapidamente, por vezes em escassas horas. Pelo contrário, em bacias de grandes dimensões, o pico da onda de cheia, e as inerentes inundações, demoram mais tempo a instalar-se, permitindo um aviso mais atempado às populações. Demoram também mais tempo a desaparecer, podendo demorar mesmo vários dias.

Podemos prever uma Cheia?

Na maior parte dos casos, é possível prever uma cheia, através das observações meteorológicas e do conhecimento das descargas das barragens, e assim minimizar as suas consequências, avisando atempadamente as populações através dos meios de comunicação social (jornais, rádio, televisão), ou de comunicados no site do SNPC, e recomendando as medidas de autoprotecção adequadas. Contudo, em casos de inundação súbita, provocada por precipitações intensas e repentinas, associadas a instabilidades atmosféricas de difícil previsão, nem sempre é possível que a população seja alertada com a devida antecipação.

No âmbito da Protecção Civil, a possibilidade de ocorrência de cheias em Portugal Continental começa, geralmente, a ser analisada a partir do Outono, altura em que, normalmente, se inicia o período húmido em Portugal, estendendo-se até à Primavera.

Medias de Autoprotecção

Habitualmente é possível prever uma cheia através dos níveis de água, das descargas das barragens e das observações meteorológicas.

No entanto, uma cheia provocada por chuvas intensas e repentinas, dificilmente permitirá que as populações sejam avisadas.

Para diminuir sofrimentos e prejuízos, cada cidadão em zona de risco de cheia deve ter conhecimento das seguintes medidas de autoprotecção e procedimentos de segurança.

SE VIVE NUMA ZONA DE CHEIA

  • Adquira o bom hábito de escutar os noticiários da Meteorologia do Outono à Primavera.
  • Procure informar-se sobre o historial de cheias passadas.
  • Identifique pontos altos onde se possa refugiar e que estejam o mais perto possível de casa ou do emprego.
  • Elabore uma pequena lista dos objectos importantes que deve levar consigo numa possível evacuação.
  • Pondere a hipótese de fazer um seguro da sua casa e do recheio.
  • Arranje um anteparo de madeira ou metal para a porta da rua.
  • Tenha sempre em casa uma reserva para dois ou três dias de água potável e alimentos que não se estraguem.
  • Mantenha a limpeza do seu quintal, principalmente no Outono devido à queda das folhas.

JUNTE NUM ESTOJO DE EMERGÊNCIA
O SEGUINTE MATERIAL:

    • 1 rádio transistor e pilhas de reserva;
    • 1 lanterna e pilhas de reserva;
    • velas e fósforos ou isqueiro;
    • medicamentos essenciais para toda a família;
    • agasalhos, reserva de roupa e objectos;
    • artigos especiais e alimentos para bebés;
    • fotocópias de um documento de identificação para cada membro da família;
    • fotocópias de outros documentos importantes.

QUANDO HOUVER UMA CHEIA

  • Mantenha-se atento aos noticiários da Meteorologia e às indicações da Protecção Civil transmitidas pela rádio e televisão.
  • Conserve o sangue frio. Transmita calma à sua volta.
  • Acondicione num saco de plástico os objectos pessoais mais importantes e os seus documentos.
  • Coloque à mão o seu estojo de emergência.
  • Transfira os alimentos e os objectos de valor para pontos mais altos da casa.
  • Liberte os animais domésticos e proceda à evacuação do gado para locais seguros.
  • Coloque um anteparo à entrada da casa. Retire do seu quintal objectos que possam ser arrastados pelas cheias.
  • Prepare-se para desligar a água, o gás e a electricidade, se for caso disso.

DURANTE UMA CHEIA

  • MANTENHA A SERENIDADE. Procure dar apoio às crianças, aos idosos e aos deficientes.
  • Continue atento aos conselhos da Protecção Civil.
  • Prepare-se para a necessidade de ter de abandonar a casa.
  • Desligue a água, o gás e a electricidade.
  • Não ocupe as linhas telefónicas. Use o telefone só em caso de emergência.
  • Não caminhe descalço nem saia de casa para visitar os locais mais atingidos.
  • Não utilize o carro. Pode ser arrastado para buracos no pavimento, para caixas de esgoto abertas, ou até para fora da estrada.
  • Não entre em zonas caudalosas. Há o risco de não conseguir suportar a força da corrente, além de que pode ocorrer uma subida inesperada do nível da água.
  • A água da cheia pode estar contaminada com substâncias indesejáveis. Não a beba.
  • Procure ter sempre uma atitude prática perante os acontecimentos.

SE FOR EVACUADO

  • Mantenha a calma e respeite as orientações que lhe forem transmitidas pela Protecção Civil.
  • Não seja alarmista.
  • Não perca tempo.
  • Leve consigo uma mochila com os seus pertences indispensáveis, o estojo de emergência e uma garrafa de água e bolachas.
  • Esteja atento a quem o rodeia. Podem precisar da sua ajuda.

DEPOIS DA CHEIA

  • Siga os conselhos da Protecção Civil. Regresse a casa só depois de lhe ser dada essa indicação.
  • Preste atenção às indicações difundidas pela comunicação social.
  • Facilite o trabalho das equipas de remoção e limpeza da via pública.
  • Ao entrar em casa, faça uma inspecção que lhe permita verificar se a casa ameaça ruir. Se tal for provável, NÃO ENTRE.
  • Não pise nem mexa em cabos eléctricos caídos. Não se esqueça de que a água é condutora de electricidade.
  • Mantenha-se sempre calçado e, se possível, use luvas de protecção.
  • Opte pelo seguro. Deite fora a comida (mesmo embalada) e os medicamentos que estiveram em contacto com a água da cheia, pois podem estar contaminados.
  • Verifique o estado das substâncias inflamáveis ou tóxicas que possa ter em casa.
  • Comece a limpeza da casa pela dispensa e zonas mais altas.
  • Beba sempre água fervida ou engarrafada.

O que é uma Seca?

A seca é uma catástrofe natural com propriedades bem características e distintas dos restantes tipos de catástrofes. De uma maneira geral é entendida como uma condição física transitória caracterizada pela escassez de água, associada a períodos extremos de reduzida precipitação mais ou menos longos, com repercussões negativas significativas nos ecossistemas e nas actividades sócio-económicas.

Distingue-se das restantes catástrofes por o seu desencadeamento se processar de forma mais imperceptível, a sua progressão verificar-se de forma mais lenta, a ocorrência arrastar-se por um maior período de tempo, poder atingir extensões superficiais de muito maiores proporções e a sua recuperação processar-se de um modo também mais lento.
O conceito de seca não possui uma definição rigorosa e universal. É interpretado de modo diferente em regiões com características distintas, dependendo a sua definição da inter-relação entre os sistemas naturais, sujeitos a flutuações climáticas, e os sistemas construídos pelo homem, com exigências e vulnerabilidades próprias. Conforme a perspectiva de análise, ou vulnerabilidade considerada, este fenómeno pode ser distinguido entre secas meteorológicas (climáticas e hidrológicas), agrícolas e urbanas.

Se, por um lado, o conceito de seca depende das características climáticas e hidrológicas da região abrangida, por outro, depende do tipo de impactes inerentes. Assim, em regiões de clima húmido, um período relativamente curto sem precipitação pode ser considerado uma seca, enquanto que em regiões áridas considera-se normal uma prolongada estação sem precipitação.

A ausência prolongada de precipitação não determina obrigatoriamente a ocorrência de uma seca. Se a situação antecedente de humidade no solo for suficiente para não esgotar a capacidade de suporte dos ecossistemas agrícolas, ou se existirem medidas estruturais com capacidade de armazenamento superficial ou subterrâneo suficiente para colmatar as necessidades de água indispensáveis às actividades sócio-económicas, não se considera estar perante uma seca. Na perspectiva da Protecção Civil, a seca caracteriza-se pelo défice entre as disponibilidades hídricas do País e as necessidades de água para assegurar o normal abastecimento público

Na perspectiva da Protecção Civil, a seca caracteriza-se pelo défice entre as disponibilidades hídricas do País e as necessidades de água para assegurar o normal abastecimento público


Causas de uma Seca

As secas iniciam-se sem que nenhum fenómeno climático ou hidrológico as anuncie, e só se tornam perceptíveis quando está efectivamente instalada, ou seja, quando as suas consequências são já visíveis.

As causas das secas enquadram-se nas anomalias da circulação geral da atmosfera, a que correspondem flutuações do clima numa escala local ou regional, gerando condições meteorológicas desfavoráveis, com situações de nula ou fraca pluviosidade, durante períodos mais ou menos prolongados.
As condições para que uma seca se instale estão também relacionadas com outros factores como, por exemplo, o incorrecto ordenamento do território, insuficientes infra-estruturas de armazenamento de água, uma sobre-utilização das reservas hídricas subterrâneas, uma gestão incorrecta do consumo de água, e até a desflorestação incontrolada do território.


Duração de uma Seca

A duração de uma seca corresponde ao tempo que a variável seleccionada para a caracterizar (precipitação, escoamento, humidade do solo, água armazenada nas albufeiras, etc.) se encontra em défice relativamente a um nível de referência (limiar da seca). Ou seja, corresponde ao intervalo de tempo em que os problemas de escassez de água são críticos para determinados fins.



Assim, se em termos climatológicos a seca tiver início no semestre seco, em termos agrícolas, por exemplo, ela só é reconhecida se persistir no período crítico, determinado em função do tipo de cultura. Sob outra perspectiva, pode-se considerar como período crítico, por exemplo, a época turística de Verão para os sistemas de abastecimento das regiões de veraneio.

Um sistema de recursos hídricos só recupera de uma situação de escassez de água quando uma fracção do défice total é compensada por um excedente, estimado em relação ao nível de recuperação (limiar da seca).

Assim, complementar ao conceito de duração de uma seca é o conceito de resiliência, que traduz uma medida do tempo de recuperação de um sistema desde o seu colapso, durante a crise, até um estado aceitável de operacionalidade. Um exemplo pode ser o volume de armazenamento de uma albufeira, que se considera recuperado quando atinge o nível médio anual e não apenas quando ultrapassou o limiar da seca.

A questão da duração de uma seca coloca-se pela severidade dos seus efeitos em caso de persistência. Os impactes acumulados resultantes de períodos cíclicos de seca afectam significativamente o tecido sócio-económico da região, podendo promover a redução progressiva da produção de culturas, da indústria, de energia hidroeléctrica e do próprio bem-estar das populações.

Desde que existem registos meteorológicos em Portugal (há 140 anos) que não se observam mais de três anos consecutivos de seca.


Podemos prever uma Seca?

A previsão de uma seca é essencialmente climatológica.

Existem dois métodos reconhecidos para a previsão de secas: Estatísticos, baseados no estudo da interacção oceano-atmosfera.

Dinâmicos, baseados em modelos de circulação global da atmosfera.

Apesar de serem bem conhecidos os mecanismos atmosféricos que dão origem às secas, a sua previsão atempada é geralmente difícil, uma vez que se relaciona com a previsão meteorológica a longo prazo.

O mesmo se passa na análise de situações de seca, em que a previsão das suas durações e intensidades é complicada, dada a enorme aleatoriedade existente.

No âmbito da Protecção Civil, a possibilidade de ocorrência de secas em Portugal Continental começa, geralmente, a ser analisada a partir dos meses de Fevereiro ou Março, e o planeamento das operações de apoio às populações, caso seja necessário, abrange todos os meses da estiagem, geralmente até ao final do mês de Setembro, altura em que, normalmente, se inicia o período húmido em Portugal.

Métodos Estatísticos e Dinâmicos de Previsão de Secas

Os métodos estatísticos baseiam-se no estudo da interacção oceano-atmosfera, relacionando a variabilidade atmosférica com a variabilidade da temperatura superficial dos oceanos. Trata-se de um método empírico que apresenta correlações típicas de 0,6 a 0,8 para antecipações sazonais de 3 meses.

Os métodos dinâmicos apoiam-se na utilização de modelos de circulação global da atmosfera para vastas áreas, com integrações espaciais de semanas a meses, permitindo a incorporação de padrões climáticos de larga escala, gradualmente variáveis, que escapam à detecção nas cartas sinópticas diárias.

Consumo de àgua

Um dos factores de origem antropogénica de maior relevância resulta do aumento da procura e do consumo de água que, genericamente, se pode atribuir ao crescimento sócio-económico e demográfico, verificado um pouco por todo o mundo. Dele resultou uma maior procura de água para consumo doméstico, a que há que acrescer a racionalização das actividades do sector primário, cada vez mais exigente de irrigação, o crescimento dos ramos industriais, que têm a água como componente subsidiária dos seus processos de produção, e ainda a degradação dos cursos de água causado pelo aumento do volume de efluentes. Estes aspectos contribuem para a diminuição das margens de flexibilidade entre as disponibilidades e as necessidades de água, tornando as populações vulneráveis à carência de recursos hídricos e à formação de condições de seca.

Prevenção dos efeitos das secas

A acção preventiva constitui a estratégia mais eficaz no combate a este tipo de situações extremas, dadas as suas graves consequências.

A prevenção de secas é efectuada através de duas componentes, a previsão, que possibilita a antecipação de acções de controlo, e a monitorização, que permite detectar e conhecer em cada instante o grau de gravidade da situação.

A previsão de secas é essencialmente climatológica. A monitorização e detecção têm uma componente fortemente hidrológica.

O Instituto da Água é a entidade responsável em Portugal pela previsão e detecção de secas, através do Sistema de Prevenção e Protecção de Secas que, apoiado na monitorização (Programa de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos) e numa análise de secas regionais, permite identificar as regiões do país em crise e acompanhar a sua evolução.

SISTEMA DE PREVENÇÃO E PROTECÇÃO DE SECAS



Quando a situação é crítica, o Instituto da Água avisa o Serviço Nacional de Protecção Civil para tomar as medidas necessárias. Quando os sistemas de abastecimento usuais esgotam os seus recursos é necessário providenciar o abastecimento de água às populações com meios alternativos.



Este acompanhamento permanente pelo Instituto da Água fornece os indicadores que possibilitam decidir sobre os mecanismos de mitigação dos impactes decorrentes da seca. Para tal, é necessário dispor-se de informação relativa às actividades sócio-económicas das regiões e à avaliação de medidas tomadas em situações de seca verificadas no passado.

MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO DOS EFEITOS DAS SECAS

A prevenção e a minimização dos efeitos de uma seca passa também pela alteração do comportamento individual de cada pessoa no que respeita ao consumo de água antes e durante a evolução de uma seca.

A água é um recurso natural limitado e essencial à vida. A sua conservação deve merecer-nos, em qualquer altura, certos cuidados. Medidas simples e adequadas contribuem para uma gestão equilibrada do consumo de água:

Em situação normal

  • Manter toda a canalização doméstica em bom estado por forma a não haver perdas nas torneiras, nos autoclismos, nos esquentadores, nas máquinas de lavar e nas junções;
  • Instalação de reguladores de caudal nas torneiras;
  • Instalação de autoclismos com sistemas de redução de volume de água para descarga;
  • Evitar os banhos de imersão e tomar duches rápidos;
  • Usar apenas a água indispensável nas outras lavagens de higiene pessoal, mantendo tapado o orifício da bacia;
  • Não deixar a água correr durante a lavagem dos dentes;
  • Lavar a roupa ou a loiça nas máquinas, com a respectiva carga completa e usando programas curtos;
  • Na lavagem da roupa e da loiça à mão usar apenas a água necessária;
  • Fazer uma leitura regular do contador para saber a quantidade de água que se está a gastar;
  • Utilizar como período de rega: antes das 7 horas da manhã ou após as 6 horas da tarde.

Em situação de seca

Além das medidas anteriormente enumeradas:

  • Diminuir a quantidade de água no autoclismo colocando no seu depósito uma garrafa de plástico cheia de areia ou de água, de forma a que não fique a flutuar;
  • Em caso de cortes no fornecimento de água, encher apenas as vasilhas estritamente necessárias para o seu consumo; Não encher piscinas;
  • Reutilizar a água sempre que possível (exemplo: rega).

A ÁGUA é indispensável à VIDA!
É preciso que TODOS POUPEM A ÁGUA!

Prevenção e Minimização dos efeitos das secas (monitorização)

A monitorização de secas baseia-se no acompanhamento da progressão do fenómeno, com base num sistema de informação de recursos hídricos, que permite conhecer em cada instante a gravidade da seca.

É realizada através da análise de variáveis hidrometeorológicas, como a precipitação, o escoamento, a água no solo, o volume de água armazenado nas albufeiras, nível freático dos aquíferos, a evaporação e a evapotranspiração.

A detecção pode ser efectuada por vários métodos, sendo uma metodologia possível a que se baseia no índice de Palmer, que é um balanço entre a precipitação e a humidade dos solos, a evapotranspiração, a recarga profunda de aquíferos e os escoamentos.

O Que são ?

São muitos os fenómenos que ocorrem no meio de uma tempestade. Uma das suas manifestações mais destrutivas e ameaçadoras é a descarga eléctrica, designada por relâmpago. As tempestades onde se desenvolvem este tipo de fenómeno, geralmente de curta duração, são denominadas trovoadas.

Fotografia de Steve Baynham


Medidas de Autoprotecção

Use sempre a regra dos 30 segundos para determinar o grau de ameaça dos relâmpagos. Esta regra é simples e consiste em contar os segundos entre a visão do relâmpago e a audição do seu som (trovão). Caso este valor seja menor que 30 segundos procure abrigo imediatamente e siga os passos abaixo indicados: isto significa que a trovoada encontra-se perto o suficiente para atingir o local onde se encontra.

Durante a trovoada:

  • Mantenha-se em casa e afastado das janelas – feche as cortinas e persianas para evitar o arremesso de estilhaços;
  • Desligue a televisão, computador e outros aparelhos eléctricos – pode, no entanto, manter a luz ligada uma vez que isso não aumenta a probabilidade da sua casa ser atingida por um relâmpago;
  • Evite tomar banho ou deixar água a correr para qualquer outro propósito;
  • Se se encontra na rua longe de edifícios, desloque-se para dentro de um carro, não descapotável, e evite o contacto com o metal;
  • Evite o uso de telefones, a não ser em caso de emergência;
    Nunca se abrigue debaixo de objectos vulneráveis tal como uma árvore alta, numa área isolada;
  • Não permaneça no topo de uma colina, em campo aberto, ou na praia;
  • Afaste-se da água: não pesque e não ande em barcos pequenos;
  • Afaste-se dos objectos de metal e retire qualquer peça de metal que traga consigo - os metais são grandes condutores de electricidade;
  • Afaste-se de tractores ou de outro equipamento metálico tais como motas ou bicicletas;
  • Afaste-se de redes e tubos metálicos, de linhas ferroviárias ou de qualquer outro curso metálico que possa conduzir a descarga eléctrica desde uma distância considerável;
  • Evite abrigar-se em cabanas isoladas ou em qualquer outra pequena estrutura em campo aberto;
  • Se se encontra numa área florestal procure abrigo numa zona de baixa altitude debaixo de um conjunto denso de arbustos;
  • Se se encontra em campo aberto, procure abrigo numa área de baixa altitude tal como uma ravina ou um vale - nunca se deite sobre campo aberto;

Nunca permaneça debaixo de uma árvore alta e isolada. A maior parte das vítimas das trovoadas são atingidas quando procuram abrigo debaixo de uma árvore. Verifique que não se encontra à maior altitude na área envolvente. Desça até ao ponto mais baixo possível e afaste-se de objectos altos e vulneráveis. Se o raio atinge qualquer um desses objectos pode apanhar o choque da descarga eléctrica através do solo.

Primeiros Socorros:

  • Se uma pessoa é atingida por um relâmpago não significa que transporte qualquer carga eléctrica e, como tal, pode ser tocada. Terá sofrido um violento choque eléctrico e apresentará algumas queimaduras;
  • Muitas vítimas aparentemente “mortas” por relâmpagos podem ser reanimadas se a acção de socorro for rápida. Quando um grupo é atingido devem-se socorrer primeiro aqueles que aparentemente perderam a vida; os indivíduos inconscientes, mas a respirar, provavelmente sobreviverão;
  • A acção de socorro àqueles que não respiram deve ser feita até 4-6 minutos após o choque de modo a prevenir danos irreversíveis no cérebro. Deve ser administrada respiração boca-a-boca uma vez em cada 5 segundos nos adultos e em cada 3 segundos nas crianças:
  • Se a vítima não respira e não tem pulso deve ser-lhe administrada a Reanimação Cárdio-Pulmonar (RCP). Esta manobra resulta de uma combinação entre a respiração boca-a-boca e compressões cardíacas externas e deve ser feita, se possível, por pessoas qualificadas para o efeito;
  • Verifique se a vítima tem queimaduras nas suas extremidades e à volta de zonas em contacto com metal.
LIGUE O 112


O Que é uma Onda de Calor?

Uma onda de calor corresponde a um período de alguns dias da época estival, com temperaturas máximas superiores à média usual para a época.

As ondas de calor têm um grande impacto na saúde humana e contribuem também para a criação de condições propícias à propagação de incêndios florestais.

As temperaturas máximas para as quais se considera existir uma onda de calor variam muito ao longo do globo terrestre. As situações de calor extremo afectam de forma diferente as populações de regiões temperadas, como é o caso de Portugal Continental, e as que vivem em regiões normalmente mais quentes, que possuem uma aclimatação fisiológica e um estilo de vida adaptado.

A temperatura do corpo resulta de um equilíbrio entre a produção e a perda de calor. No caso da temperatura ambiente subir para valores muito elevados, o nosso organismo tem mecanismos que lhe permitem regular a temperatura, libertando calor. Um dos principais é a transpiração.

A transpiração consiste na libertação de água e sais minerais através da pele e é a evaporação da água à sua superfície que permite o seu arrefecimento. Quando o nosso corpo é exposto a temperaturas muito elevadas, numa tentativa de retomar o equilíbrio térmico, aumenta a produção de suor, e assim perde uma maior quantidade de água e sais minerais essenciais ao bom funcionamento do organismo.

De um modo geral, as ondas de calor que ocorrem em Junho, em Portugal Continental, encontram-se associadas a uma maior mortalidade do que ondas de calor com as mesmas características que ocorrem em Agosto, sugerindo que o corpo humano tem uma capacidade de aclimatação ao calor.

A sensibilidade do corpo humano a temperaturas elevadas é maior para valores de humidade relativa mais altas. Se a humidade relativa do ar for muito elevada o mecanismo de evaporação do suor é reduzido ou inibido, tornando a libertação de calor menos eficaz.

Índice de conforto temperatura / humidade



Fonte: Professor Doutor Anthímio de Azevedo

As ondas de calor são extremamente perigosas e, se não se tomarem as devidas precauções, podem provocar lesões irreversíveis no corpo humano devido a desidratação e, em algumas situações, causar a morte.



Medidas de Autoprotecção

Em dias de muito calor

  • Ingira água ou outros líquidos não açucarados com regularidade, mesmo que não sinta sede.
    Pessoas que sofram de epilepsia, doenças cardíacas, renais ou de fígado ou que tenham problemas de retenção de líquidos devem consultar um médico antes de aumentarem o consumo de líquidos.
  • Se tem idosos em casa incentive-os a beber pelo menos mais um litro de água por dia para além da que bebem normalmente. Eles vão rejeitar mas deve insistir.
  • Procure manter-se dentro de casa ou em locais frescos.
  • Em casa, durante o dia, abra as janelas e mantenha as persianas fechadas, de modo a permitir a circulação de ar.
  • Durante a noite, abra bem as janelas para que o ar circule e a casa arrefeça.
  • Evite sair à rua nas horas de maior calor, mas se tiver de o fazer, proteja-se usando um chapéu ou um lenço.
  • Vista roupas leves de algodão e de cores claras. As cores escuras absorvem maior quantidade de calor.
  • Evite usar vestuário com fibras sintéticas ou lã. Provocam transpiração, podendo levar à desidratação.
  • Evite fazer exercício físico ou outras actividades que exijam muito esforço.
  • Evite estar de pé durante muito tempo, especialmente em filas e ao sol.
  • Se tiver oportunidade, desloque-se nas horas de maior calor para locais com ar condicionado.
  • Um pequeno duche de água tépida arrefece o seu corpo rapidamente aumentando o seu conforto. Se o seu corpo estiver muito quente não deve tomar banho com água muito fria.

Quando Viajar:

  • Viaje de preferência a horas de menos calor ou à noite.
  • Quando viajar de automóvel faça-o por períodos curtos. Se tiver que fazer grandes viagens leve consigo água ou outros líquidos não alcoólicos e não açucarados em quantidades suficientes.
  • Proteja os passageiros da exposição ao sol, cobrindo as janelas com telas apropriadas, que não dificultem ou prejudiquem a condução.
  • Nunca viaje com as janelas totalmente fechadas a não ser que tenha ar condicionado no seu carro.
  • Se viajar com crianças mantenha-as o mais arejadas possível, vestindo-lhes o mínimo de roupa e dando-lhes frequentemente água a beber.
  • Se viajar com bebés tenha em atenção que o leite é a sua refeição normal e que no intervalo entre as mamadas devem beber bastante água;
  • Tenha atenção aos idosos que viajam consigo. Não devem vestir de negro nem roupas de fibra sintética e devem também beber um suplemento de água.
  • Coma poucas quantidades de cada vez e várias vezes ao dia.
  • As refeições devem ser ligeiras, sopas frias ou tépidas, saladas, grelhados, comidas com pouca gordura e pouco condimentadas, acompanhadas de preferência com água, chá fraco ou outros líquidos não açucarados.
  • Não beba bebidas alcoólicas. Num organismo desidratado são absorvidas rapidamente podendo levar a estados de embriaguez com maior facilidade.

Na praia:

  • Vá à praia apenas nas primeiras horas da manhã (até às 11 horas) ou ao fim da tarde (depois das 17 horas). Mantenha-se à sombra, use chapéu, óculos escuros e cremes de protecção solar. Uma exposição ao sol prolongada leva a queimaduras de pele que só por si aumentam a perda de líquidos.
Não se esqueça que os bebés e os idosos são especialmente sensíveis às ondas de calor...


O Que é Uma Vaga de Frio?

Uma vaga de frio é produzida por uma massa de ar frio e geralmente seco que se desenvolve sobre uma área continental.

Durante estes fenómenos ocorrem reduções significativas, por vezes repentinas, das temperaturas diárias, descendo os valores mínimos abaixo dos 0ºC no Inverno. Estas situações estão geralmente associadas a ventos moderados ou fortes, que ampliam os efeitos do frio.

Em Portugal, a sua presença está geralmente associada ao posicionamento do anticiclone dos Açores próximo da Península Ibérica ou de um anticiclone junto à Europa do Norte

Medidas de Autoprotecção

As vagas de frio podem estar associadas a outros fenómenos meteorológicos, como a queda de neve, ventos fortes ou a formação de gelo.Tenha isto em atenção ao proteger-se!

Antes da Chegada do Inverno

  • Procure estar atento às informações meteorológicas. Uma descida brusca de temperatura pode ser um indício de uma vaga de frio, obrigando à adopção de medidas de autoprotecção.
  • Previna-se com roupa quente e calçado adequado.
  • Verifique se as portas e janelas têm pontos por onde o ar frio possa entrar para dentro de casa. Vede esses espaços, fazendo um bom isolamento da habitação.

Se vive numa zona propensa a ficar isolada pela neve:

    • Prepare um estojo de emergência contendo um rádio e lanterna a pilhas, agasalhos, material de primeiros socorros, pilhas de reserva e medicamentos essenciais.
    • Tenha sempre em casa uma reserva de água potável e de alimentos ricos em calorias (chocolates e frutos secos, por exemplo), suficientes para dois ou três dias.
    • Tenha também uma botija de gás suplente e faça uma pequena reserva de produtos de higiene pessoal.

Durante uma Vaga de Frio

  • Mantenha-se atento aos noticiários da Meteorologia e às indicações da Protecção Civil transmitidas pelos órgãos de comunicação social.
  • Procure manter-se em casa ou em locais quentes.
  • Use várias camadas de roupa em vez de uma única peça de tecido grosso. Evite as roupas muito justas ou as que o façam transpirar.
  • O ar frio não é bom para a circulação sanguínea. Evite as actividades físicas intensas que obrigam o coração a um maior esforço e podem até conduzir a um ataque cardíaco.
  • Se suspeitar que você ou alguém que o rodeia está com hipotermia ligue imediatamente para o 112.
  • O consumo excessivo de electricidade pode sobrecarregar a rede originando falhas locais de energia. Procure poupar energia, desligando os aparelhos eléctricos que não sejam necessários. Tenha à mão lanterna e pilhas, para o caso de faltar a luz.
  • Tenha cuidado com as lareiras. Em lugares fechados sem renovação de ar, a combustão pode originar a produção de monóxido de carbono, um gás letal.
  • Seja também cuidadoso com os aquecedores devido ao risco de acidentes domésticos.

Se vive numa zona propensa a ficar isolada pela neve:

    • Doseie os alimentos, a água e outros utensílios essenciais para um possível isolamento.
    • Conserve a calma e transmita-a aos que o rodeiam. Procure ter uma atitude prática perante os acontecimentos.
    • Use o telefone só para chamadas de emergência.

Se Tiver de Sair de Casa

  • Evite uma exposição excessiva ao frio. Saia de casa apenas se tal for estritamente necessário.
  • O perigo extremo ocorre quanto há vento forte. A situação de desconforto térmico aumenta e sente-se mais frio. Não saia de casa nessas alturas.
  • Se vai ter necessidade de passar muito tempo no exterior da casa, use várias peças de roupa, em vez de uma única peça de tecido grosso. Use um chapéu ou gorro para proteger a cabeça.
  • Proteja o rosto. Evite a entrada de ar extremamente frio nos pulmões.
  • Mantenha as roupas secas. Mude meias molhadas ou outras peças que possam contribuir para a perda de calor.
  • Evite caminhar em zonas com gelo ou neve, para evitar o risco de quedas que podem produzir graves lesões.
  • Os idosos, crianças e pessoas com dificuldades de locomoção não devem sair de casa.

Se Viajar de Automóvel

  • Evite deslocações desnecessárias. Suspenda excursões ou passeios na montanha ou em zonas propensas a quedas de neve e descidas significativas de temperatura.
  • Sempre que possível utilize os transportes públicos. Se, no entanto, tiver necessidade de utilizar a sua viatura, procure levar consigo um rádio, lanterna, roupa quente e um cobertor. Leve também alimentos ricos em calorias e não se esqueça do telemóvel, se o tiver.
  • Evite viajar sozinho no automóvel. Caso tal não seja possível, assegure-se de que alguém conhece a sua rota de viagem e sabe as estradas que vai utilizar.
  • Antes de iniciar viagem, Faça uma revisão rápida do nível de gasolina, luzes e travões. Coloque um líquido anticongelante no radiador. Leve correntes para a neve, se for caso disso.
  • Informe-se junto das autoridades dos riscos que vai enfrentar no seu trajecto. Procure conhecer locais de refúgio (povoações, hotéis, estalagens).
  • Viaje de dia e mantenha o rádio ligado para ouvir as informações meteorológicas ou de trânsito. Se a estrada não oferecer condições de segurança volte para trás.
  • Se existir neve na estrada, coloque correntes nos pneus. Conduza cuidadosamente. Mantenha a velocidade reduzida e não faça movimentos bruscos com o automóvel.
  • Resista à tentação de poupar tempo guiando mais depressa do que as condições meteorológicas e do piso o permitem.
  • Procure avançar em cima de neve mais recente, evitando sempre as zonas com gelo na estrada (normalmente, as placas de gelo formam-se nos locais mais sombrios).
  • Se for surpreendido por um temporal durante a viagem e estiver longe de uma povoação, deve manter a calma e permanecer dentro da viatura. O automóvel servirá de barreira ao vento e os pneus actuarão como isolante, em caso de trovoada. Tente colocar um pano colorido na antena para chamar a atenção.
  • Ligue o motor cerca de dez minutos em cada hora. Abra uma fresta na janela que se encontra do lado oposto ao vento para deixar renovar o ar e evitar o envenenamento por monóxido de carbono.
  • Mantenha o tubo de escape limpo de neve. Não deixe que o fumo chegue ao interior da viatura, pois poderá ficar intoxicado.
  • Faça pequenos exercícios com os braços, pernas e dedos para manter a circulação sanguínea. Não adormeça.
  • Procure estar atento às indicações difundidas pela Protecção Civil na rádio.
Fonte SNBPC em www.snbpc.pt

Arquivo do blogue